PSV - dez 2019
em
algum lugar do mundo
na
véspera de natal
um
cão gane desesperado
o
grito lacera a noite
não
sei o que lhe dói
sei
que me oprime
aflige
corrói
tampo
os ouvidos
para
não ouvir minha sombria impotência
cai
do céu uma chuva triste
kristnasko
ie en la mondo
en la kristnaska antaŭtago
hundo senespere jelpas
la kriado ŝiras la nokton
mi ne scias kio ĝin doloras
mi scias ke tio min premas
afliktas
ronĝas
mi ŝtopas miajn orelojn
por ne aŭdi mian ombran senpovecon
falas el la ĉielo malĝoja pluvo
Lindo poema. Mais triste ainda para os que são loucos por cachorros. As ilustrações melhoram a cada dia.
ResponderExcluirMais uma vez você nos brinda com a sua sensibilidade, mas esse verso “tampo os ouvidos/ para não ouvir minha sombria impotência”, resume discretamente a nossa atitude real, diante do sofrimento alheio...
ResponderExcluirObrigada, Paulo.
La doloro de la hundo jukas nian homan konsciencon...
ResponderExcluirPoezie ĉio simbolas ion. Ni mem estas jelpanta hundo, doloriga vundo, aflikto, ronĝo, ombra senpoveco, malĝoja pluvo, premanta nokto, tamen floranta aŭroro, ne fina punkto...
ResponderExcluirPaulo Nascentes - Bela. Dankon! Brakumojn. Rosana.💖
ResponderExcluirJELPI - Nova perlo aldonita al mia vortprovizo!
ResponderExcluirKristnaska festotago estas doloriga tempo por multaj el ni.
ResponderExcluirMuito lindo.
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