sexta-feira, 19 de julho de 2024

falta de cordialidade

 

PSV jul 2024 
 
 

Saiu o novo relatório sobre a violência no Brasil. Faltam adjetivos para esses números. Um estupro a cada 6 minutos, geralmente de adolescentes, cometido por familiares. Feminicídio em grande quantidade, também dentro de casa, em família; os métodos geralmente são faca ou asfixia. Homicídios continuam atingindo de preferência jovens pobres e pretos. Chega.

Enquanto isso, há estados brasileiros que gastam três vezes mais com (in)segurança do que com educação.

Que tenho eu, modesto cidadão, a ver com isso?

Por onde andará o célebre “homem cordial”, de que falava Sérgio Buarque de Holanda, a respeito do brasileiro?

 

manko de elkora kunsentemo

 

Publikiĝis la nova raporto pri perforto en Brazilo. Mankas adjektivoj por tiuj ciferoj. Po unu seksperforto post ĉiu 6-a minuto, ĝenerale kontraŭ adoleskantinoj, farita de familiano. Virinmurdoj en granda kvanto, ankaŭ en la hejmo; la metodoj estas per tranĉilo aŭ sufokado. Murdoj plu atingadas malriĉajn, nigrahaŭtajn junulojn. Sufiĉas.

Dume, ekzistas brazilaj ŝtatoj, kiuj elspezas trioble pli multe por (mal)sekureco, ol por edukado.

Kiel ĉio tio koncernas min, modestan civitanon?

Kie staras la fama “elkora kunsentema homo”, pri kiu skribis Sérgio Buarque de Holanda, pri la brazilano?


5 comentários:

  1. Importante reflexão, Paulo. A tese do homem cordial já foi refutada há tempos, mas não significa que tenhamos de ser tão inumanos assim.

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  2. Mankas adjektivoj por tiuj ciferoj kaj substantivaj Publikaj Politikoj en Sano kaj Edukado.

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  3. Ankaŭ mi faras la saman demandon. Ho, ve!

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  4. Ouvi os dados do novo relatório sobre a violência no Brasil, discutidos no nosso querido Foro de Teresina. Faltam realmente adjetivos para esses números alarmantes. Um estupro a cada 6 minutos... meu Deus. Como mulher, não é difícil entender por que a parte sobre violência baseada no gênero me choca especialmente. Que a maioria dessa violência aconteça dentro das casas, perpetrada por pessoas de confiança e da família, mostra que talvez nosso maior desafio seja humanizar a figura da mulher. Se fôssemos vistas em pé de igualdade, seríamos violentadas dessa forma? Acredito que nosso desafio é expandir e aprofundar o conceito de igualdade. Somente assim poderemos sonhar com um futuro onde a violência contra as mulheres seja a exceção.

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  5. Atire a primeira pedra ,quem nunca sofreu uma violência.... infelizmente estamos nesse patamar , cada um de nós , em algum momento sofreu algo , homens mulheres crianças , são atingidos direto ou indiretamente... pena que nossos agressores , não conseguem parar e o modelo gentil o qual deveríamos conviver, é apenas um esboço idealizado.

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